26/11/2018

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#próteses

Gluck (1890) foi o primeiro a entalhar o marfim para substituir a cabeça do fêmur e utilizar um raro tipo de cola.

Delber (1919) e Hey-Groves (1926) utilizaram o marfim para confeccionar implantes.

Wiles (1938) introduziu a ideia de prótese total com componentes acetabular e femoral, confeccionados em aço inox e implantados em seis pacientes com moléstia de Still.

McKee (1940) utilizou parafusos para fixar o componente acetabular.

Haboush (1951) sugeriu cimento acrílico dentário para fixação dos componentes. Chanrley foi o primeiro a utilizar.

McKee e Farrar introduziram o cromo-cobalto, material mais inerte.

Judet (1946) propôs próteses cefálicas de haste reta e curta com cabeça em acrílico.

Thompson (1950) e Moore (1952)  propuseram próteses cefálicas com hastes intramedulares.

A haste de Moore apresentava fenestrações, onde o osso esponjoso deveria penetrar e consequentemente fixar a prótese, sendo um dos primeiros desenhos com o objetivo de viabilizar o princípio de fixação biológica (osteointegração).

Assim iniciou a discussão, que se mantém até hoje, sobre a maneira de fixação das próteses, se pela cimentação ou pela osteointegração.

Chanrley (1958) introduziu o componente acetabular em teflon e o uso sistemático da fixação dos componenentes com cimento acrílico.

Chanrley (1962) introduziu o componente acetabular em polietileno. Seus  novos resultados esclareceram sobremaneira aspectos fundamentais das artroplastias.

O uso sistemático de Próteses Totais do Quadril ocorreu na segunda metade do século XX. Melhorou a técnica de cimentação e o conhecimento sobre os fatores implicados no processo de osteointegração. Melhoraram os desenhos e a matéria-prima utilizada nas próteses.

A partir da década de 70, não se pode precisar a cronologia dos novos modelos de próteses baseados no grande sucesso da fixação pelo cimento e do conceito da baixa fricção. Esse conceito, embora tenha patrocinado a grande evolução, apresentou falhas, como afrouxamentos, desgastes do polietileno, fraturas de hastes e infecções frequentes, dificuldades que de alguma maneira foram sendo controladas.

Tentando dar solução para problemas então atribuídos ao cimento, surgiram ainda, nessa década, as próteses europeias de fixação biológica, com diferentes desenhos, características e matérias-primas. Logo se tornaram conhecidas através dos modelos desenvolvidos por Judet, Lord, Mittelmeyer, Parhoffer, Roy Camille e outros, além das já conhecidas hastes americanas de Thompson e Moore.

Mais tarde, surgiram as hastes de Zweissmuller e Spotorno, que consolidaram a forma quadrangular e cuneiforme como desenho e as ligas de titânio como matéria-prima. Os conceitos básicos dessas próteses  permanecem acreditados até nossos dias.

No início da década de 80, cirurgiões norte-americanos como Sarmiento e Galante também passaram a utilizar ligas de titânio como matéria-prima, enquanto Engh, Hungerford e outros seguiram utilizando liga de cromo-cobalto para implantes não cimentados.

Próteses de revestimento, resurfacing, foram defendidas por poucos autores em diferentes momentos com diferentes apelos e com resultados discutíveis mesmo no curto seguimento.

O conhecimento, embora rápido, dessa evolução é importante para consolidar a ideia do tempo, das tentativas, dos esforços, das dificuldades e dos fatores envolvidos no desenvolvimento das próteses.

“É importante ter claro que os avanços tecnológicos desenvolvidos para melhorar a qualidade da vida, podem eventualmente acabar envolvidos pelo mercado e suas perversas e implacáveis leis.”

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