28/9/2018

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#próteses

Preocupado em dar e transmitir ideias objetivas, o Dr. Carlos Macedo, em Tese de Doutorado, apresentou fundamentos objetivos que permitem  identificar um perfil analítico mínimo para a avaliação da qualidade das próteses. As avaliações e decisões pautadas por razões subjetivas já foi observado que podem ser influenciadas por diversos tipos de motivações na escolha das próteses.Mostrou também que é possível validar a qualidade das próteses, através da realização de um conjunto de testes ISO e ASTM, normatizados internacionalmente e possíveis mesmo no contexto brasileiro.

QUALIDADE DAS PRÓTESES

A qualidade não é uma percepção, deve ser uma comprovação. Hoje são tantas as marcas oferecidas com forte pressão do mercado, que é difícil uma escolha isenta, se não for pautada por padrões objetivos, pela experiência, credibilidade  e pela convicção do cirurgião,  em princípios biomecânicos comprovados por acompanhamentos de longo tempo.

Murray, em 1995, mostrou que os cirurgiões ingleses chegaram a usar 62 tipos de PTQ, de 12 diferentes marcas, sendo que para a maioria dos implantes não havia qualquer evidência sobre sua eficácia, mas os preços variavam entre 250 a 2.500 libras (160 a 1.600 dólares). Curiosamente, alguns dos modelos mais baratos tiveram melhores resultados.

“A marca das próteses é apenas um dos muitos fatores que interferem no sucesso de uma artroplastia total de quadril.” Vale lembrar que marcas importantes do presente já produziram próteses no passado recente, que apresentaram resultados catastróficos muito bem registrados pela literatura médica especializada.

Diante dessa “organizada confusão” cresceu o compromisso e a importância do cirurgião na proteção do paciente, que, fragilizado pelo problema e ansioso pela melhora, pode ser envolvido pelos apelos sedutores do “marketing”.

Assim como se busca a origem, a nacionalidade e a real qualidade dos implantes, é imprescindível que se busque, com a mesma preocupação, a origem, o retrospecto histórico  e a comprovação da qualificação técnica do cirurgião.

“O cirurgião deve defender suas ideias e suas convicções, necessariamente considerando a sua própria experiência  e a consistência  dos seus resultados à médio e longo prazo. A defesa da marca é tarefa da indústria e do mercado.”

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