Displasias

Dr. Carlos Macedo

Essa entidade clínica, é uma condição em que as duas partes da articulação do quadril estão mal conectadas, é uma causa comum de osteoartrite grave - especialmente entre as mulheres. Na imensa maioria ocorrem no nascimento, mas também pode se desenvolver mais tarde na vida, às vezes sem aviso prévio. ‍ A Displasia do quadril é a causa mais comum de osteoartrite do quadril em mulheres com menos de 50 anos e respondem por até 10% das próteses de quadril nos EUA. ‍ Os pediatras devem examinar cada bebê em busca de sintomas de displasia do quadril, pois quando é identificada cedo, pode ser tratada com aparelhos, moldes e, por vezes, cirurgias precoces menos agressivas. ‍

Algumas formas da doença podem se desenvolver mais tarde na vida. Essa condição pode causar pouca ou nenhuma dor por muitos anos e sem tratamento, poderá levar a deterioração da articulação e eventual necessidade de cirurgia de substituição total do quadril.

O que exatamente é displasia do quadril?

É um termo abrangente que descreve uma variedade de alterações da forma da articulação do quadril.
Imagine um soquete em forma de “taça” (chamado de acetábulo), que segura um topo em forma de bola (cabeça do fêmur).
Quando o ajuste adequado entre essas duas partes é perdido, o topo do fêmur é capaz de se mover de dentro para fora da cavidade acetabular da articulação do quadril. Existindo essa mobilidade, estamos diante de uma subluxação, se totalmente fora chamamos luxação.

A displasia do quadril descreve qualquer relação anormal entre a bola (cabeça do fêmur) e a órbita (cavidade acetabular), diz Michael J. Goldberg, MD, diretor do Programa de Saúde Esquelética do Hospital Infantil de Seattle.

Quando os sintomas da displasia aparecem?

Cerca de 10 em cada 1.000 bebês nascem com quadris soltos, diz o Dr. Goldberg. Muitos desses bebês, o problema será naturalmente resolvido dentro de alguns meses, mas cerca de 1 em 1.000 bebês com displasia do quadril terão evolução desfavorável já nos primeiros anos de vida.

Em um recém-nascido, o soquete ainda não está em forma de “copo", na verdade, é mais uma placa plana. Ele começa a se modelar e se transformar na forma de uma “taça”, em seguida, uma forma de “xícara” e, eventualmente, envolvendo a parte esférica superior do fêmur proximal. Esse processo continua até a parada do crescimento.

A displasia também pode aparecer mais tarde na vida, na adolescência.  Como os ossos continuam se formando, às vezes a cavidade em forma de taça não evolui o suficiente para conter a cabeça femoral.

As formas de displasia do quadril que envolvem o crescimento da cavidade geralmente são bastante sutis. Embora o quadril não fique bem na cavidade, é provável que ele se mova para dentro e para fora com alguma facilidade. Dessa forma, pode levar anos até que que se descubra qualquer sintoma de displasia.
Às vezes a displasia é diagnosticada acidentalmente, quando uma paciente sente dor ao praticar esportes ou quando aparece em um raio X por outro motivo, não é infrequente que seja diagnosticada após o desenvolvimento da osteoartrite.

Quais são os fatores de risco?

Há um forte componente genético, de acordo com a Academia Americana de Pediatria. As crianças cujos pais tiveram quadris saudáveis ​​têm um risco de 6%, mas quando um dos pais teve displasia do quadril, o risco aumenta para 12%. E para as crianças que têm pai e mãe e irmão com a doença, o risco aumenta para 36%.

Também é mais comum em meninas do que meninos, devido a um hormônio chamado relaxina que é liberado por mulheres durante o processo de nascimento.

Relaxin solta os ligamentos da mãe para facilitar o parto, mas também afeta os bebês - especialmente meninas - causando instabilidade do quadril que pode levar à displasia, dados de acordo com a Academia Americana de Pediatria (AAP).

Qualquer quadril (ou ambos os quadris) pode ser afetado, mas a displasia é três vezes mais comum no lado esquerdo - possivelmente devido ao posicionamento da maioria dos bebês no útero, diz a AAP.

Também é mais comum em bebês de parto pélvico (aqueles que apresentam pés ou nádegas primeiro), porque essa posição limita o movimento das pernas e dos quadris durante o desenvolvimento fetal.

Quais são os sintomas da displasia em adultos?

Se uma paciente com grande frouxidão ligamentar, referir dor, claudicação ou ouvir estalidos no quadril, é uma bom fazer um raio X.

Outras condições também podem causar esses sintomas - incluindo a altura irregular do quadril ou discrepâncias no comprimento dos MsIs.

Portanto, é importante avaliar, precocemente, a possibilidade de anormalidades articulares sutis, especialistas experientes são capazes de identificar, em RX simples, essa alterações sutis e orientar medidas profiláticas para diminuir hiperpressões localizadas com o consequente desgaste mecânico precoce. Devemos ter presente que nas displasias do quadril, as cargas são distribuídas de forma muito anormal.

"Displasia do quadril provoca uma dor profunda na superfície frontal da articulação do quadril, região da virilha, é inconstante, piora com a atividade física e melhora com o repouso. Dores  laterais no quadril são,  mais provavelmente causada por bursites trocantérica” (inflamação da Bursa) ou tendinites.

Principais problemas

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Distúrbios Anatômicos Funcionais

Displasias

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Tendinites

Distúrbios Anatômicos Funcionais

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